1. Introdução
A criação de minhocas (minhocultura) é uma atividade recente e
desconhecida do grande público. A exemplo dos demais países da América do Sul,
ela teve início no Brasil no final de 1983. E desde então o comércio de
minhocas vivas tem tido grande desenvolvimento no país.
Esta pesquisa abrange todo o processo de produção de minhocas em
cativeiro, tendo noções básicas sobre a anatomia e fisiologia da minhoca, como
também, condução da exploração e analise do mercado consumidor.
2. Biologia
2.1Fisiologia e Anatomia
As minhocas pertencem
ao Filo annelida ( annelus, pequeno anel), do qual fazem parte os vermes
segmentados, cujo corpo é alongado e composto de segmentos ou metâmeros em
forma de anel , muito semelhantes uns aos outros e formados por nervos,
músculos e órgãos dos aparelhos excretores, circulatório e reprodutor. Essa
segmentação é externa e interna, como apêndices possuem pequenas cerdas
quitinosas em forma de fios ou bastonetes muito finos.
Seu corpo é todo revestido por uma camada quitinosa sobre um
epitélio que possui células sensitivas e glândulas celulares. O seu celoma
(cavidade interna) é muito desenvolvido e dividido por septos.
Seu trato digestivo é tubular e completo, percorrendo
todo o comprimento do seu corpo desde a boca até ao ânus. O sistema
circulatório é do tipo fechado e possui vasos sanguíneos longitudinais que
possuem ramos laterais em cada segmento. O seu plasma sanguíneo (sangue) possui
hemoglobina dissolvida e amebócitos livres. Sua respiração é feita pela
epiderme, ou seja, é cutânea. Seu sistema excretor é formado por um par de
nefrídios existentes em cada segmento (anel), pelos quais os excrementos do
celoma e da corrente sanguínea são expelidos para o exterior.
Seu sistema nervoso é formado por um par de gânglios
cerebrais ligando-se a um cordão nervoso mediano ventral estendendo-se ao longo
de todo o corpo. Possui ainda um gânglio e pares de nervos em cada segmento, ou
seja, células e órgãos do tato, do paladar e da percepção da luz, pois as
minhocas são cegas.
Quanto ao sexo, são
hermafroditas incompletos, isto é, cada indivíduo possui os dois sexos
(masculino e feminino normais), mas é necessário a união de duas minhocas para
que haja fecundação e, em consequência, a reprodução.
3. Minhocultura
As minhocas tem uma longa história associada ao ser humano.
Os egípcios, na época dos faraós, associavam a terra fértil aos processos de
inundação do Rio Nilo e as atividades das minhocas. As utilizavam inclusive em
cerimônias culturais. As minhocas foram lembradas também por Aristóteles, que
as chamou de “intestinos da terra”.
A exemplo dos
demais países da América do Sul, ela teve início no final de 1983, com matrizes
trazidas da Itália pelo Comendador Lino Morganti, para a sua propriedade em ltú
(SP).
Thomas Barret, considerado o "pai"
da criação de minhocas em cativeiro, foi o primeiro a demonstrar a viabilidade
de criá-las em larga escala, através de um sofisticado sistema de canteiros, na
década de 40, nos EUA, daí ser esse país considerado a pátria da minhocultura.
A minhocultura é a única atividade agro-zootécnica que
mensalmente dá ao produtor, colheitas de dois produtos: a minhoca (carne)
propriamente dita e o seu húmus. A minhoca é mundialmente criada com as
finalidades seguintes:
®
Pesca, como isca;
®
Composição de farinhas proteicas para diversos
fins;
®
Indústria farmacêutica para fabricação de
medicamentos;
®
Agricultura, recuperação de solos áridos;
®
Transformação de resíduos orgânicos industriais,
ecologia;
®
Transformação de restos orgânicos agrícolas,
sobras de culturas;
®
Transformação de restos urbanos: esgoto e lixo;
®
Alimentação animal, (minhoca viva ou em ração)
para: aves, rãs, peixes, camarão, suínos, equinos, bovinos, etc.
®
Alimentação humana.
A minhocultura utiliza vermicompostagem, que é a utilização
de minhocas no processamento de restos orgânicos (lixo doméstico, estercos,
restos vegetais, etc.), transformando-os em adubo a ser utilizado no solo. O
produto resultante é chamado de vermicomposto ou húmus de minhoca.
Por ser uma tecnologia de baixo custo, a vermicompostagem é
adaptável à pequena produção. O interesse por essa técnica é observado tanto no
meio rural quanto nas cidades, já que a atividade não exige muito espaço.
3.1 Reprodução
As minhocas são
hermafroditas, ou seja, o mesmo individuo tem dois órgãos sexuais, mas não se
autofecundam. Precisam de outro parceiro para se reproduzir.
Ficam sexualmente maduras aos 40 dias de idade e
reproduzem-se durante todo o ano. O acasalamento dura um período de uma a duas
horas, as duas minhocas ficam fecundadas e põem de 1 a 20 ovos. A postura é
feita de 5 em 5 dias, cada minhoca produz 500 filhotes por ano. E a capacidade
reprodutiva dura a vida toda, tendo ela 10 anos de vida, o ovo fertilizado
eclode com 28 dias.
3.2 Espécies Comerciais
Existem no mundo cerca de 4 mil espécies de minhocas terrestres,
divididas em três grupos ecológicos: anécicas, endogeicas e epigeicas. Os
primeiros grupos são formados por espécies que vivem em galerias verticais e em
perfis mais profundos do solo, respectivamente. Por sua vez, as minhocas
epigeicas são espécies que vivem mais próximas à superfície, alimentando-se
basicamente de resíduos orgânicos, ingerindo grandes quantidades de materiais
ainda não decompostos. Essas minhocas raramente abrem galerias no solo, uma vez
que não possuem a anatomia indicada para tal função. Por essas peculiaridades
ecológicas, as minhocas desse grupo são as mais indicadas para a criação
racional em cativeiro.
Nesse contexto, existem poucas espécies de minhocas apropriadas para a
minhocultura e cada qual possui características particulares. Dentre as
características mais importantes para a escolha da espécie estão a capacidade
em aceitar diferentes resíduos orgânicos, alto consumo do alimento oferecido,
grande tolerância às variações ambientais, elevados índices de reprodução e
fertilidade dos casulos, rápido crescimento e atingimento da maturidade sexual,
grande resistência e sobrevivência ao peneiramento ou catação manual. Apenas 3
são cultivadas para fins comerciais.
a) Eisenia Foetida:
Popularmente conhecida como “Vermelha da Califórnia”, a mais utilizada para
iniciantes e pequenos produtores.
b) Lumbricus Rubellos: São
encontradas nos montes de estercos.
c) Eudrilhos Eugeniae: Que é a
“Gigante Africana”, que esta em alta moda e tem excelente aceitação
4. Criação
Deve ser um lugar fresco, sombreado, próximo a uma fonte de
água potável, longe de barulho de máquinas, motores, curiosos etc. Quando
mantidas em pouco espaço, sem alimentação, com falta ou excesso de água, as
minhocas fogem ou cometem suicídio coletivo, enovelando-se todas num conto.
A criação pode ser
feita em tanques, canteiros de tijolos ou mesmo caixas ecológicas, fabricadas
com dimensões variáveis e materiais também variáveis.
Em Canteiro
De tijolos ou
pré-moldados de concreto, 1 m de largura por 30 cm de altura. Deve-se revestir
o fundo com brita para escoar o excesso de água da chuva. Um canteiro deve ser
exclusivo para as matrizes.
Em Tanques
Devem ser construídos com 1.00m de largura por 60.0 cm de
profundidade por 10.00m de comprimento espaçado um do outro por pelo menos
2.00m para permitir a passagem de carrinho de mão para abastecimento ou coleta
do húmus. Para grandes criadores estas medidas podem ser ampliadas. O material
de construção dos tanques pode ser de alvenaria, cerca trançada, tela de
arame, pneus velhos.
Cobertura
Um telhado baixo de
sapé, papelão plastificado ou telhas seria o ideal.
Caixa-d’água - Fundamental, se não houver lago, açude ou qualquer
outra fonte de água na propriedade. Isso porque cada 100 metros lineares de
canteiro consomem, por semana, em torno de 5.000 litros.
4.1 Manejo
Pronto o serviço, devemos encher o canteiro com esterco bem
curtido. Este esterco deve ser bem lavado com água, para eliminar a urina,
multo ácida e prejudicial a elas. No dia seguinte, molhamos o esterco com um
esguicho ou regador e colocamos as minhocas, na proporção de 1 litro para cada
canteiro de 1m de largura p6r 4m de comprimento, quando da vermelha da
Califórnia ou 2 litros quando das espécies nacionais.
Quando usamos esterco, o húmus fica pronto em 45 a 50 dias,
mas, quando usamos materiais orgânicos (restos, folhas, lixos etc.), há
necessidade de 90 dias para que o composto fique pronto. Segundo Morganti, o
maior criador de minhocas, do Brasil, a vermelha da Califórnia transforma o
esterco em húmus mais rapidamente, mas as nacionais têm maior capacidade para
transformar as matérias orgânicas. A única desvantagem das nossas minhocas é
que elas são menos prolíficas.
A umidade nos
canteiros é importante, devendo ser de 35 50% para as minhocas e de 40 a 45%
para os minhocuçús. Na prática, podemos verificar o grau de umidade do composto
ou esterco em que estão as minhocas.
Para isso, pegamos um punhado da massa na mão e apertamos: se não houver
nenhum sinal de água ou de umidade, é porque a massa está seca demais; se
houver sinal de umidade, saindo algumas gotas, é porque está boa e se escorrer
água, entre nossos dedos, é porque há umidade em excesso. Para que os canteiros
mantenham a umidade desejada e também uma temperatura mais constante, de 18 a
2000, de preferência, devemos fazer uma cobertura de sapé ou qualquer outra
palha, sobre os canteiros.
Em tanques devem ser regados todos os dias até atingir uma
umidade constante em torno de 30% (pressionar uma porção de esterco molhado
cerrando o punho, se migrar água por entre os dedos é sinal de umidade em torno
de 30%). A temperatura também deve estar estabilizada aproximadamente em 28C.
Com o auxílio de um termômetro caseiro pode-se controlar a temperatura (com um
graveto de diâmetro de um lápis, introduzir no canteiro e no orifício colocar o
termômetro). Estabilizadas temperatura e umidade, inocular as minhocas. Não é
necessário enterra-las. Elas fazem isso por si só. A inoculação deve ser feita
pela manhã cedo ou ao entardecer.
Cuidados com Predadores
As minhocas não são inimigas naturais de qualquer outro
animal. No entanto, por serem constituídas praticamente, de águas e proteína
são apetitosas para uma quantidade muito grande de inimigos naturais, dentre
eles citamos: galinhas, porcos, ratos, cães, pássaros carnívoros, lagartixas,
rãs, sapos e obviamente o homem. Todos esses inimigos naturais devem ser
evitados porquanto se queira uma boa criação de minhocas. Uma cobertura com
tela de arame ou uma camada espessa de palhas de coqueiro ou ramos de árvores
protege o minhocário contra os invasores.
4.1Matéria prima
Todo produto orgânico, seja de origem vegetal ou animal,
bioestabilizado ou semicurado, como é conhecido, livre, portanto de
fermentação, constitui-se uma matéria prima para a criação de minhocas. Na
minhocultura devemos ter sempre em mente que tudo produto orgânico usado como
substrato para se criar um ambiente favorável às minhocas, deve servir de
alimento a elas próprias. O esterco animal, quando
aplicado às técnicas da minhocultura, serve como alimento de minhocas para que
se possa iniciar uma produção de adubo orgânico, o húmus de minhoca.
Segundo Afrânio Augusto
Guimarães, zootecnista especializado no assunto, “é uma cultura que oferece aos
criadores de gado uma forma de incrementar seus lucros, uma vez que o húmus não
é o único produto da minhocultura”, explica. Também pode ser usados restos de
culturas, jardins, hortifrutigranjeiros, resíduos agroindustriais,
laticínios, alimentares, têxteis, lodo de esgoto doméstico; lodo de esgoto
urbano, lixo domiciliar ou de condomínios fechados, lixo de usina urbana.
No que se refere à utilização de matéria-prima, é importante
ter conhecimento de que para cada substrato ou esterco corresponde uma
qualidade ou quantidade de húmus e que antes de sua utilização, assim como para
com os restos vegetais, é fundamental proceder a sua preparação.
Não podendo esquecer que a minhocultura é uma atividade
zootécnica como outra qualquer e que a minhoca a exemplo de outros animais,
requer em sua alimentação vitaminas e sais minerais, indispensáveis à sua saúde
e desenvolvimento. Quanto mais rica for à matéria orgânica fornecida às
minhocas, maiores serão as possibilidades de sucesso econômico de sua criação.
4.2Matrizes
Selecionam-se minhocas recém-chegadas à puberdade e, portanto, com maior
tempo de prolificidade. Nestas condições, as matrizes já possuem o clitelo -
anel diferenciado que indica a aptidão reprodutiva - mas não alcançaram o
comprimento máximo. Numa mesma espécie, minhocas maiores são minhocas mais
velhas e, por isso, sem a melhor eficiência reprodutiva.
Para eventual transporte, as matrizes são
selecionadas com o tubo digestivo preenchido, antes de serem purificadas,
pesadas e embaladas no substrato semissintético para transporte. A redução no
consumo devido às condições adversas da viagem inevitavelmente emagrece as
minhocas. A recuperação, entretanto, é imediata após a inoculação num bom substrato.
4.3 Povoamento
Coloque 1 litro de minhoca (cerca de 1.500 minhocas) por cada metro
quadrado. As minhocas devem se colocadas livremente na superfície das leiras,
tanques ou canteiros (pela manhã preferencialmente) sendo depois cobertas (com
palha, tela ou rede sombra) de modo a evitar a sua fuga.
Instaladas as matrizes, é necessário o manejo diário
(cuidados), observando-se as condições ideais para uma reprodução eficiente,
crescimento sadio e adequado, e a transformação em húmus aceleradamente.
Para que isso ocorra, verifique e mantenha as seguintes
condições no canteiro, a "casa" das minhocas: PH = 7,0; Temperatura =
entre 17 e 22 CC. Umidade = entre 80 a 85%; Aeração = intensa.
Condições ideais a serem observadas numa "casa" de
minhocas.
Em qualquer criatório, mesmo pequeno, deve-se ter o cuidado de fazer, diariamente, anotações com o objetivo de evitar perdas de dados e números, pois somente assim poder-se-á tirar maior proveito das experiências adquiridas. Nos métodos convencionais, inicialmente, os criadores são capazes de produzir de 200 a 250 kg de húmus e 1 kg de minhocas por metro quadrado a cada 45 dias, enquanto os produtores internacionais citam como média a produção de 4 kg de minhocas/m2 e de 400 kg/ m2 de húmus/mês.
Em qualquer criatório, mesmo pequeno, deve-se ter o cuidado de fazer, diariamente, anotações com o objetivo de evitar perdas de dados e números, pois somente assim poder-se-á tirar maior proveito das experiências adquiridas. Nos métodos convencionais, inicialmente, os criadores são capazes de produzir de 200 a 250 kg de húmus e 1 kg de minhocas por metro quadrado a cada 45 dias, enquanto os produtores internacionais citam como média a produção de 4 kg de minhocas/m2 e de 400 kg/ m2 de húmus/mês.
4.4 Colheitas das Minhocas
A colheita das minhocas é, portanto, um dos fatores mais importantes na
sua produtividade e na produção do minhocário e deve ser feita nos períodos
mais frescos do dia, de preferência até às 10 horas da manhã ou depois das 16
ou 17 horas.
As minhocas adultas coletadas devem ser retiradas do seu canteiro e
colocadas em outro canteiro, cuja área deve ter, no mínimo, o dobro da
superfície do canteiro inicial, pois o número de minhocas será de, pelo menos,
o dobro do seu número inicial.
A cada 45 dias, poderemos duplicar as áreas dos canteiros, devido à
grande prolificidade das minhocas. As áreas em volta dos canteiros devem ser
mantidas sempre limpas, evitando o acúmulo de detritos e de vegetação, pois
isso atrai os inimigos das minhocas, facilita a sua existência e aumenta as
suas possibilidades de atacar o canteiro.
Existem alguns métodos para que façamos uma colheita racional das
minhocas, com eficiência e de maneira prática. Entre eles, temos os seguintes:
Ø Colheita para pequenas criações;
Ø Colheita com a mão;
Ø Sacos de migração;
Ø Colheita direta no
canteiro;
Ø Método da mesa;
Ø Peneiras manuais;
Ø Colheita mecanizada
e
Ø Peneiras
motorizadas.
4.5 Colheita do Húmus
O húmus de minhoca é um produto
resultante da decomposição total da matéria orgânica, sendo o mais completo que
existe. A matéria orgânica humificada, no caso o
vermicomposto, tem um aspecto de pó de
café, sem cheiro, e que fica depositado na superfície da massa. É um fertilizante excepcional apresentando teores
elevados de macro-nutrientes (Nitrogênio, fósforo, Potássio, etc.) e
micro-nutrientes (Ferro, Zinco, etc.). Além disso, apresenta uma rica e
diversificada flora microbiana.
Um solo com húmus contém:
Ø
Cinco vezes mais nitrogênio
Ø
Duas vezes e meia mais magnésio
Ø
Sete vezes mais fósforo assimilável
Ø
Onze vezes mais potássio cambiável
Além de disponibilizar prontamente os nutrientes às plantas,
protege-as contra doenças, não carrega formas propagadoras de ervas daninhas,
melhora a aeração da terra, aumenta o poder de retenção de umidade nos vasos,
jardins, pomar e horta, deixando os vegetais sempre muito vigorosos.
Dependendo da população inicial de minhocas e da
condução do canteiro, dentro de 30 dias, este poderá ser descarregado e o seu
húmus peneirado. Para fazer a retirada das minhocas existem alguns
processos como peneiras manuais, peneiras mecânicas, retirada manual das
minhocas do canteiro, colocação de iscas com esterco novo, etc. Cada minhocário
irá procurar a maneira mais conveniente a sua instalação.
5. Mercado e Mão de Obra
A mão de obra é relativamente muito pouca e irá depender do
tamanho da instalação. Como exemplo, 30 metros de canteiro, normalmente ocupará
8 horas de trabalho por semana de uma pessoa. No mercado, a tonelada custa
entre R$250 a R$300, mas, quando vendido a granel, esse valor por tonelada
chega a dobrar, pois pode ser comercializado em sacos plásticos, em menor
quantidade, aumentando ainda mais a rentabilidade e a venda do produto. No
sistema tradicional de minhocultura, a separação entre húmus e minhocas leva a
perda de muitos anelídeos, uma vez que essa separação é feita através de uma
peneira que acaba matando uma boa parte desses animais e causando, assim,
prejuízos ao criador. Um médio ou pequeno produtor provavelmente irá vender seu
húmus em sacos de 50, 20 ou 2 quilos. O preço varia conforme a região do
Brasil.
6. Conclusão
Com os baixos custos de produção a criação de minhocas
tornou-se um negocio lucrativo. A minhocultura é a
única atividade agro-zootécnica que mensalmente dá ao produtor, colheitas de
dois produtos: a minhoca (carne) propriamente dita e o seu húmus.
A minhoca (carne) é muito utilizada na pesca,
como isca, na composição de farinhas proteicas e para diversos outros fins.
Já matéria orgânica humificada, no caso o
vermicomposto, é de grande importância para a fertilidade de nossos solos e,
consequentemente, para a produtividade agrícola, porque ela atua nas
propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Chega-se
a conclusão que a minhocultura, tanto para melhoria do solo quanto para isca,
gera uma margem de lucro significativa, e com apenas um pouco de trabalho e um
baixo custo de manutenção pode-se ter uma fazenda de minhocas com grande
produção.
7. Bibliografia
Todos
os sites de referência foram acessados entre junho e julho de 2011:
v
Criação de Minhocas- Guia Prático: Por Marcos
Cesar Migdalski Editora Aprenda Fácil;
v
INFOBIBOB- Informações Tecnológicas: Por: Gustavo Schiedeck possui graduação em
Engenharia Agronômica pela Universidade de Passo Fundo (1992), mestrado em Fitotecnia
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Agronomia
pela Universidade Federal de Pelotas (2002). Atualmente é pesquisador na
Embrapa Clima Temperado e lotado na Estação Experimental Cascata.
(http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/minhocultura/index.htm)
v
Anatomia e Fisiologia
(http://www.petshopnet.com.br/old/anatomia_fisiologia_minhoca.htm)
v Agropecuária
e Agroecologia
(http://tecnicoemagropecuaria.blogspot.com/2008/09/minhocultura_10.html)
v Minhoca
Enciclopédia:
(http://www.agrov.com/animais/peq_ani/minhoca.htm)
v
Portal da minhoca
(http://www.minhobox.com.br/loja/produtos/loja-modulo1.php)
v
Produção de Húmus e Implantação de minhocário
(http://www.humuseminhocas.com.br/)
v
Minhocultura: Por Ângelo
Artur Martinez é engenheiro agrônomo formado na
Escola Superior de Agronomia - "Luiz de Queiroz" ESALQ-USP em 1963,
como funcionário da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo -
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI foi um dos responsáveis
pelo projeto de implantação e consolidação da exploração comercial da cultura
da Seringueira, Hevea brasiliensis Muel. Arg. no Estado de São Paulo.
( http://www.infobibos.com/artigos/2006_2/minhocultura/index.html)