sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Ovinocultura Leiteira


1.0 Sala de ordenha

A Sala de Ordenha é considerada o coração de uma operação leiteira. É onde é "colhido" o produto da atividade, o leite. Produtores de leite têm uma preferência pessoal por certo tipo de sala de ordenha. Daí a importância de o produtor conhecer o máximo de tipos de salas de ordenha que fosse possível e tomar uma decisão final.

A escolha da sala de ordenha pode ser influenciada pelo tamanho inicial do rebanho, planos de expansão, impacto econômico na fazenda e habilidade para treinar os empregados. O número de ordenhadores pode ser influenciado pela disponibilidade dos funcionários, procedimento de ordenha e tamanho do rebanho. 

Uma das principais decisões a serem tomadas dentro de uma propriedade é quanto ao sistema de ordenha a ser utilizado. Essa é a última fase dentro da produção de leite e especial atenção deve ser dada, pois, o lucro do produtor dependerá principalmente de uma correta “extração” do leite.

A decisão do sistema de ordenha dependerá do número de ovelhas a ser ordenhadas, capital do produtor e qualidade/quantidade de mão-de-obra. Os principais tipos de sistemas de ordenha são: ordenha manual, ordenha balde ao pé e ordenha em linha.

2.0 Ordenha Manual

Este sistema exige menor investimento em equipamento e uma maior dependência da mão-de-obra, é de baixa eficiência e geralmente utilizado por pequenos produtores. Geralmente o leite apresenta um alto grau de contaminação, devido ao manuseio.
Como se pode ver, as ovelhas estão em uma plataforma elevada, que é mais fácil para os humanos, assim como os animais. O ordenhador não tem que ficar no chão (ou perto disso) ao leite, poupando-lhes um pequeno esforço físico, e o design ajuda a qualidade do leite como as ovelhas não estão estressadas, enquanto ordenha, parcialmente porque há alimentação na parte da frente do aparelho para manter as ovelhas ocupadas enquanto são ordenhadas. O leite flui por tubos inoxidáveis, é um sistema eficiente e limpo de ordenha em pequenos recipientes de inox.

3.0 Ordenha Balde ao pé

Os animais são ordenhados individualmente, através de um sistema de vácuo. As ovelhas podem ser ordenhadas no estábulo ou na sala de ordenha, possui também baixa eficiência, mas o seu custo de implantação é relativamente barato.

 
                                     Temos a fixa em local adequado: 

 (OBS: O sistema é o mesmo, mas altera-se as teteiras e a quantidade de leite a ser extraído! Por isso usei uma imagem de ordenhadeira bovina na primeira imagem.) 
                                                                        E a móvel:

4.0 Ordenha em Linha

Este é o sistema mais intensivo de ordenha, onde várias ovelhas podem ser ordenhadas simultaneamente. Existe uma linha de vácuo que fará a ordenha das vacas e depositará o leite na linha de leite. É o sistema mais caro de ser utilizado, porém de maior eficiência e recomendado para propriedades de alta produção. O sistema ainda pode ser dividido em espinha de peixe e tandem que se refere à disposição dos animais que são ordenhados.

4.1 Ordenha em linha – Espinha de peixe

Existe um fosso que o ordenhador faz todo o processo de limpeza dos animais e inserção da ordenhadeira nas ovelhas, sendo que as mesmas permanecem em um ângulo de 33° em relação à outra.
As salas de ordenha do tipo Espinha de Peixe vêm comprovando sua eficiência por décadas e ainda são um dos tipos mais comuns de salas. Os produtores de leite podem trabalhar sem estresse e o trânsito de animais na sala  de  ordenha  é  fácil. A posição do animal oferece uma boa visão dos mesmos e fácil acesso a úbere.
Nas salas de ordenha de Espinha de Peixe Saída Rápida, a contenção peitoral é levantada após a ordenha e todos os animais podem deixar a sala simultaneamente, reduzindo assim consideravelmente o tempo de carregamento, aumentando também a velocidade de ordenha.
Estrutura de Contenção de 30 graus: Especialmente desenvolvida para ordenha lateral. Adaptada tanto para os desenhos de plataforma como para os de fosso.

1)Estrutura galvanizada 
2)Distância de 100 cm entre postos
3)Ambas saídas, fixa e rápida
4)Barras de peito de saída rápida galvanizadas                
5)Sistema pneumático de portões de saída rápida
6)Cantoneira de fosso chumbada de 300 mm Inoxidável
7)Escada vertical inoxidável
8)Escada de lance inoxidável para o fosso de ordenha
9)Controle elétrico dos portões


          Espinha de Peixe                                                                         Layout de Espinha de Peixe
 




 Sala de ordenha EP, vista interna                                              Foto do medidor de leite

Barras de peito de saída rápida                                                  Portões de entrada















Poligonal: considerada uma variação da espinha de peixe, os animais ficam na mesma posição. Com capacidade para quatro lotes, este sistema é mais indicado para os criadores que desejam instalar máquinas maiores e desenvolver um trabalho mais racional dentro do fosso.


Paralela: é indicada para propriedades que contenham de 300 a 1.000 animais, em que cada operador cuida sozinho de 12 a 30 unidades. Neste sistema as ovelhas ficam umas ao lado das outras e de costas para o fosso.



Rotatória: é o mais moderno de todos os sistemas de ordenha. Desenvolvido para atuar em fazendas com mais de 1.000 ovelhas, sua extensão máxima atendem até 60 unidades. Nesse sistema, o ordenhador cuida de 30 ovelhas e são ordenhados 120 animais/hora.

4.2 Ordenha em linha – Tandem

Também existe um fosso para o ordenhador, sendo que a principal diferença é que os animais são manejados individualmente sem interferir no tráfego dos demais.

5.0 Escolhendo o Tipo de Sala de Ordenha

Muitas vezes as preferências pessoais do produtor entram em conflito com o número de ovelhas a ser ordenhadas, duração do turno de ordenha, qualidade do leite, parâmetros de saúde do úbere e recursos financeiros. A escolha da sala de ordenha pode ser influenciada pelo tamanho inicial do rebanho, planos de expansão, impacto econômico na fazenda e habilidade para treinar os empregados. Os produtores deveriam visitar o máximo de tipos de salas de ordenha que fosse possível e tomar uma decisão final depois de ter tido a oportunidade de conhecer bem todos esses diferentes modelos.

6.0 Total de Horas de Uso do Equipamento

Uma sala de ordenha projetada para funcionar apenas 4 a 6 horas por dia terá um maior custo de construção e operação por ovelha do que se a sala de ordenha operasse 20 a 21 horas por dia. Por exemplo, uma fazenda de 500 ovelhas (ordenhando duas vezes ao dia) poderia trabalhar com uma espinha de peixe duplo 4 com um turno de ordenha de 6 horas, ou trabalhar com uma espinha de peixe duplo-10 com um turno de 3 horas. O custo de um equipamento duplo quatro é de aproximadamente US$ 90.000, enquanto que um duplo-10 é US$ 180.000* (*preços estimados nos EUA). Menos tempo de utilização do equipamento pode ser desejável se os funcionários da fazenda também tiverem outros deveres, como colheita da produção agrícola, alimentação e tratamento dos animais e nas situações de alta rotatividade de funcionários. Contudo, um retorno maior do investimento pode ser obtido se a sala de ordenha puder ser utilizada de 20 a 21 horas por dia para ordenhar os animais. Produtores frequentemente se deparam com a seguinte dúvida: escolher entre o número de ovelhas que eles podem ordenhar e qual procedimento de ordenha pode ser utilizado sob estas condições. Se eles não tomarem cuidado, os parâmetros de qualidade do leite e saúde de úbere do seu rebanho podem ser prejudicados.

7.0 Número de Ordenhadores

O número de ordenhadores pode ser influenciado pela disponibilidade dos funcionários, procedimento de ordenha e tamanho do rebanho.  A maioria das pequenas salas de ordenha em espinha de peixe e paralelas (D-4 a D-12) é operada por um único ordenhador. A sala de ordenha projetada para um operador é mais eficiente no número de ovelhas ordenhadas por hora de trabalho. Ordenhas paralelas ou em espinha de peixe projetadas para dois ou mais operadores, apresentam vantagens de uma operação contínua até mesmo durante a mudança de grupo, quando um ordenhador está atrasado para o turno de ordenha, ou quando uma pequena emergência exigir que um operador saia da sala. A desvantagem é que é mais difícil para o proprietário avaliar a desempenho do trabalhador ou os padrões de qualidade, e o número de ovelhas por hora de trabalho será menor. Contudo, muitos produtores são capazes de alcançar a mesma eficiência de trabalho das salas com apenas um ordenhador em salas de ordenha com múltiplos operadores, através de treinamento da equipe e um bom programa de monitoramento da eficiência do equipamento.

8.0 Tamanho Inicial do Rebanho e Planos de Expansão

Os produtores de leite precisarão considerar o tamanho atual do rebanho e os seus planos de expansão do rebanho para o futuro. Se o produtor visa um crescimento em etapas, salas de ordenha paralelas ou em espinha de peixe podem ser construídas para permitir uma expansão de acordo com o aumento do tamanho do rebanho. Estes tipos de salas levam vantagem sobre salas de ordenha carrossel, já que estas não podem ser expandidas em etapas.

8.1 Uma ou Duas Salas de Ordenha?

Algumas pesquisas indicam que duas pequenas salas de ordenha são mais eficientes do que uma única grande sala (Thomas et al. 1993, 1994, 1995). Um estudo comparou duas salas de ordenha paralelas duplo 20 com uma sala paralela duplo 40 (Thomas et al. 1995). Num período de 15 anos, o retorno líquido das duas salas de ordenha menores foi US$ 908.939 maior em relação a uma sala duplo 40. O custo inicial da construção de duas salas de ordenha paralelas duplo 20 foi US$ 22.227 maior* do que a construção da sala de ordenha duplo 40 (*valores estimados nos EUA). Construir duas salas menores também permite aos produtores executar o projeto da fazenda em etapas e aumentar gradativamente o número de ovelhas em lactação.

9.0 Treinando e Monitorando os Ordenhadores

Promover o treinamento e monitoramento dos ordenhadores é um desafio constante para os produtores de leite. Em salas de ordenha paralelas e em espinha de peixe com vários operadores, é muito importante formar equipes de ordenhadores para trabalharem juntos, visando a melhor performance de ordenha possível. Nestes tipos de ordenha, os operadores se movimentam e são capazes de realizar múltiplas tarefas (ex.: retirar os jatos iniciais, “pré-dipping”, secar, colocar, etc.) quando comparado com salas de ordenha carrossel, nas quais os ordenhadores ficam fixos em um local e realizam somente uma ou duas funções nesse local. Se quisermos maximizar a performance dos operadores das salas paralelas ou em espinha de peixe, os ordenhadores deverão  ser treinados para trabalharem juntos, realizando os procedimentos de ordenha em múltiplas vacas através da utilização de uma rotina de ordenha sequencial ou em grupos. Após o treinamento dos operadores ter sido finalizado, o produtor deverá monitorar a desempenho de cada ordenhador e da sala de ordenha.

10.0 Avaliando a Performance da Sala de Ordenha

A performance da sala de ordenha tem sido avaliada por estudos de tempo e movimento (Armstrong e Quick, 1986), visando medir o fluxo contínuo e estável de ordenha (ovelhas por hora). Este fluxo não inclui o tempo para limpeza do sistema de ordenha, manutenção do equipamento, efeitos da mudança de grupo e ordenha dos animais do hospital. Esses estudos também  permite visualizar os efeitos das diferentes variáveis de manejo sobre a performance da sala de ordenha. Historicamente, essa informação tem sido utilizada para dimensionar a sala, visando atender as necessidades dos produtores de leite.

11.0 Dimensionando as Salas de Ordenha

Com o incremento do tamanho das fazendas leiteiras, o dimensionamento das salas de ordenha se torna mais complicado. Muitos produtores estão optando por construir salas de ordenha acessórias nas quais eles ordenham os animais em tratamento, reduzindo assim a pressão na sala de ordenha principal. Alguns produtores também estão ordenhando ovelhas saudáveis na sala de ordenha acessória, com o objetivo de que mais ovelhas possam ser ordenhadas em um mesmo intervalo de tempo. Algumas fazendas estão aumentando o número de ordenhas para 4, 5 ou até 6 vezes por dia para os animais nos primeiros 21-42 dias da lactação, retornando para 2 ou 3 vezes por dia depois desse período (Dahl 2002). Esses fatores têm um impacto significativo no dimensionamento da sala de ordenha. Este dimensionamento para salas paralelas, espinha de peixe e carrossel será discutido a seguir. Na discussão abaixo, é considerado que todos os grupos de ovelhas seriam ordenhadas na sala de ordenha principal.

12.0 Classificando Salas de Ordenha Paralelas e Espinha de Peixe

Os critérios designados para salas paralelas e espinha de peixe são apresentados na tabela.
Frequência de ordenha
Duração do turno*
Grupos por hora
Tempo p/ ordenhar um grupo (min)
2x
10,0
4,0
60
3x
6,5
5,0
40
4x
5,0
6,0
30
*Horas de fluxo contínuo e estável de ordenha.
Normalmente, o tamanho das salas de ordenha é dimensionado de forma que o rebanho possa ser ordenhado uma vez a cada 10 horas quando ordenhado 2x por dia; uma vez a cada 6,5 horas quando ordenhado 3x ao dia; e uma vez a cada 5 horas quando ordenhado 4x ao dia. Utilizando esse critério, o tamanho da sala de ordenha deve ser dimensionado para atender também o tempo necessário à limpeza e manutenção da sala. As instalações ou grupos de vacas são determinados baseados na ordenha de um grupo em 60 minutos quando os animais são ordenhados 2x ao dia, 40 minutos quando ordenhados 3x ao dia, e 30 minutos quando ordenhados 4x ao dia. O tamanho do grupo é ajustado para ser divisível pelo número de “boxes” de um lado da sala de ordenha. Quanto mais “boxes” ocupados por ciclo, mais a eficiência da sala é maximizada. O número de ovelhas que podem ser ordenhadas por hora pode ser calculado utilizando-se as seguintes fórmulas: Total de baias x número de animais por baia por hora = vacas ordenhadas por hora (VOH). Número de vacas ordenhadas = VOH x duração do turno de ordenha (horas).

13.0 Qual é a Sala de Ordenha Ideal para Mim?

As decisões que um produtor de leite toma relativas à sala de ordenha pode ter um impacto significativo na capacidade de atingir suas metas. Um mesmo tipo de sala de ordenha não irá atender às necessidades de todos os produtores de leite. Deve-se avaliar cuidadosamente todas as opções. A sala de ordenha é o centro da fazenda. Se o produtor quer crescer em etapas e expandir a sala de ordenha de acordo com o crescimento do rebanho, construir uma sala de ordenha paralela ou em espinha de peixe com a capacidade de adicionar baias no futuro, seria a melhor escolha. Se o objetivo é construir uma sala de ordenha com o seu tamanho final e ocupá-la inteiramente com ovelhas, qualquer uma das salas de ordenha poderia ser utilizada. Espaço para futuras ampliações (uma segunda sala de ordenha e mais instalações para as vacas) já deve ser locado na planta. Independentemente do tipo ou tamanho da sala de ordenha selecionada, é de fundamental importância que uma avaliação financeira seja feita.

14.0 Instalações e Equipamentos de Ordenha

No projeto para ordenha de 180 ovelhas em duas ordenhas diárias de três horas cada, com dois operadores (um no fosso e outro na movimentação) e uma produção diária de 500 L. A qualidade é diretamente influenciada pelas condições em que é obtido e conservado o leite, duas vezes por dia durante 365 dias do ano, e é onde os úberes ficam mais expostos à mastite, devido à sua manipulação e proximidade do contato entre os animais.  É também onde se concentra a maior parte do investimento em equipamentos e onde está o m2 mais caro de todas as instalações.
Assim, além do aspecto econômico, analisado pela relação custo/benefício de cada alternativa disponível, foram considerados mais três aspectos:
Facilidade na movimentação dos animais e no trabalho dos operadores de uma forma geral - a localização da Sala em relação ao Galpão Principal, a existência de uma pré e uma pós ordenha, o tamanho das plataformas (altura do fundo do fosso aos animais, profundidade do fosso e largura da plataforma), a largura e posicionamento dos corredores e a movimentação dos portões, a ordenha canalizada e a utilização de um programador de limpeza foram alguns dos itens considerados;
Qualidade do leite - essa preocupação levou à opção pela Sala de Ordenha separada do Galpão Principal, a ordenha canalizada, a utilização de um tanque de expansão para o resfriamento do leite e a utilização de um programador de limpeza.
Saúde dos úberes - evidencia-se pelas facilidades para higiene dos operadores e dos animais e pela opção por um pé direito alto (4,0 m) e a sala completamente aberta, o que permite uma excelente ventilação e a incidência do sol em toda a sala, o que favorece uma desinfecção de forma natural e um ambiente seco, pelo controle eletrônico da pulsação e pelos coletores e testeiras utilizados.
Assim, optou-se por um arranjo duplo seis paralelo, com ordenha canalizada, linha média de vácuo e de leite, com seis conjuntos (coletor e testeiras) de ordenha e seis medidores de leite, com controle eletrônico da pulsação e programador de limpeza.
Ela também pode ser utilizada com o sistema balde ao pé, o que é feito quando o volume de leite e o número de ovelhas a ser ordenhado é pequeno.

15.0 Conclusão

Conclui- se que para viabilizar a construção de uma sala de ordenha é necessário um planejamento de toda a estrutura bem como do tipo de ordenha e equipamentos que serão utilizados no processo. Também se faz importante o estudo de viabilidade econômica e de possibilidade de treinamento de funcionários, o que aumenta a performance do projeto minimizando o impacto econômico da propriedade.
O produtor com o projeto na mão monta sua estratégia de trabalho, numero de ordenhas e custos de produção.
Torna-se viável assim uma fazenda de alta produção, desde que o produtor avalie custos, instalações, manejo, animais e funcionários.

16.0 Bibliografia

UNIOVINOS- Diessa Fagundes Azambuja- Acadêmica do Curso de Zootecnia da UNIPAMPA/Campus de Dom Pedrito
 http://www.uniovinos.unipampa.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=106:a-ovinocultura-leiteira-no-brasil&catid=14:artigos&Itemid=32

REHAGRO- Escolhendo e Manejando sua Sala de Ordenha/ Adaptado do texto produzido por John F. Smith http://www.rehagro.com.br/siterehagro/publicacao.do?cdnoticia=719

Capril Serra de Andradas- http://www.capritec.com.br/csa/Instalacoes/Ordenha/Ins-Ord.htm

http://translate.google.com.br/translate?sl=en&tl=pt&js=n&prev=_t&hl=pt-BR&ie=UTF-8&layout=2&eotf=1&u=http%3A%2F%2Famymccoy.com%2Fblog%2Fcategory%2Fcheese%2F

AFIMILK- The Heart of the Dairy Farm

http://br.afimilk.com/sitefiles/3/3177/25941.asp

sábado, 24 de novembro de 2012

Minhocultura

1.     Introdução

A criação de minhocas (minhocultura) é uma atividade recente e desconhecida do grande público. A exemplo dos demais países da América do Sul, ela teve início no Brasil no final de 1983. E desde então o comércio de minhocas vivas tem tido grande desenvolvimento no país.
Esta pesquisa abrange todo o processo de produção de minhocas em cativeiro, tendo noções básicas sobre a anatomia e fisiologia da minhoca, como também, condução da exploração e analise do mercado consumidor.

2.     Biologia

2.1Fisiologia e Anatomia

 As minhocas pertencem ao Filo annelida ( annelus, pequeno anel), do qual fazem parte os vermes segmentados, cujo corpo é alongado e composto de segmentos ou metâmeros em forma de anel , muito semelhantes uns aos outros e formados por nervos, músculos e órgãos dos aparelhos excretores, circulatório e reprodutor. Essa segmentação é externa e interna, como apêndices possuem pequenas cerdas quitinosas em forma de fios ou bastonetes muito finos.
Seu corpo é todo revestido por uma camada quitinosa sobre um epitélio que possui células sensitivas e glândulas celulares. O seu celoma (cavidade interna) é muito desenvolvido e dividido por septos.
Seu trato digestivo é tubular e completo, percorrendo todo o comprimento do seu corpo desde a boca até ao ânus. O sistema circulatório é do tipo fechado e possui vasos sanguíneos longitudinais que possuem ramos laterais em cada segmento. O seu plasma sanguíneo (sangue) possui hemoglobina dissolvida e amebócitos livres. Sua respiração é feita pela epiderme, ou seja, é cutânea. Seu sistema excretor é formado por um par de nefrídios existentes em cada segmento (anel), pelos quais os excrementos do celoma e da corrente sanguínea são expelidos para o exterior.
Seu sistema nervoso é formado por um par de gânglios cerebrais ligando-se a um cordão nervoso mediano ventral estendendo-se ao longo de todo o corpo. Possui ainda um gânglio e pares de nervos em cada segmento, ou seja, células e órgãos do tato, do paladar e da percepção da luz, pois as minhocas são cegas.
Quanto ao sexo, são hermafroditas incompletos, isto é, cada indivíduo possui os dois sexos (masculino e feminino normais), mas é necessário a união de duas minhocas para que haja fecundação e, em consequência, a reprodução.

 

 

3. Minhocultura

As minhocas tem uma longa história associada ao ser humano. Os egípcios, na época dos faraós, associavam a terra fértil aos processos de inundação do Rio Nilo e as atividades das minhocas. As utilizavam inclusive em cerimônias culturais. As minhocas foram lembradas também por Aristóteles, que as chamou de “intestinos da terra”. 

A exemplo dos demais países da América do Sul, ela teve início no final de 1983, com matrizes trazidas da Itália pelo Comendador Lino Morganti, para a sua propriedade em ltú (SP).
 Thomas Barret, considerado o "pai" da criação de minhocas em cativeiro, foi o primeiro a demonstrar a viabilidade de criá-las em larga escala, através de um sofisticado sistema de canteiros, na década de 40, nos EUA, daí ser esse país considerado a pátria da minhocultura.
A minhocultura é a única atividade agro-zootécnica que mensalmente dá ao produtor, colheitas de dois produtos: a minhoca (carne) propriamente dita e o seu húmus. A minhoca é mundialmente criada com as finalidades seguintes:
®    Pesca, como isca;
®    Composição de farinhas proteicas para diversos fins;
®    Indústria farmacêutica para fabricação de medicamentos;
®    Agricultura, recuperação de solos áridos;
®    Transformação de resíduos orgânicos industriais, ecologia;
®    Transformação de restos orgânicos agrícolas, sobras de culturas;
®    Transformação de restos urbanos: esgoto e lixo;
®    Alimentação animal, (minhoca viva ou em ração) para: aves, rãs, peixes, camarão, suínos, equinos, bovinos, etc.
®    Alimentação humana.
A minhocultura utiliza vermicompostagem, que é a utilização de minhocas no processamento de restos orgânicos (lixo doméstico, estercos, restos vegetais, etc.), transformando-os em adubo a ser utilizado no solo. O produto resultante é chamado de vermicomposto ou húmus de minhoca.
Por ser uma tecnologia de baixo custo, a vermicompostagem é adaptável à pequena produção. O interesse por essa técnica é observado tanto no meio rural quanto nas cidades, já que a atividade não exige muito espaço.

3.1 Reprodução

 As minhocas são hermafroditas, ou seja, o mesmo individuo tem dois órgãos sexuais, mas não se autofecundam. Precisam de outro parceiro para se reproduzir.
Ficam sexualmente maduras aos 40 dias de idade e reproduzem-se durante todo o ano. O acasalamento dura um período de uma a duas horas, as duas minhocas ficam fecundadas e põem de 1 a 20 ovos. A postura é feita de 5 em 5 dias, cada minhoca produz 500 filhotes por ano. E a capacidade reprodutiva dura a vida toda, tendo ela 10 anos de vida, o ovo fertilizado eclode com 28 dias.

 

3.2 Espécies Comerciais

Existem no mundo cerca de 4 mil espécies de minhocas terrestres, divididas em três grupos ecológicos: anécicas, endogeicas e epigeicas. Os primeiros grupos são formados por espécies que vivem em galerias verticais e em perfis mais profundos do solo, respectivamente. Por sua vez, as minhocas epigeicas são espécies que vivem mais próximas à superfície, alimentando-se basicamente de resíduos orgânicos, ingerindo grandes quantidades de materiais ainda não decompostos. Essas minhocas raramente abrem galerias no solo, uma vez que não possuem a anatomia indicada para tal função. Por essas peculiaridades ecológicas, as minhocas desse grupo são as mais indicadas para a criação racional em cativeiro.
Nesse contexto, existem poucas espécies de minhocas apropriadas para a minhocultura e cada qual possui características particulares. Dentre as características mais importantes para a escolha da espécie estão a capacidade em aceitar diferentes resíduos orgânicos, alto consumo do alimento oferecido, grande tolerância às variações ambientais, elevados índices de reprodução e fertilidade dos casulos, rápido crescimento e atingimento da maturidade sexual, grande resistência e sobrevivência ao peneiramento ou catação manual. Apenas 3 são cultivadas para fins comerciais.
a)      Eisenia Foetida: Popularmente conhecida como “Vermelha da Califórnia”, a mais utilizada para iniciantes e pequenos produtores.
b)      Lumbricus Rubellos: São encontradas nos montes de estercos.
c)      Eudrilhos Eugeniae: Que é a “Gigante Africana”, que esta em alta moda e tem excelente aceitação

4.     Criação

Deve ser um lugar fresco, sombreado, próximo a uma fonte de água potável, longe de barulho de máquinas, motores, curiosos etc. Quando mantidas em pouco espaço, sem alimentação, com falta ou excesso de água, as minhocas fogem ou cometem suicídio coletivo, enovelando-se todas num conto.
 A criação pode ser feita em tanques, canteiros de tijolos ou mesmo caixas ecológicas, fabricadas com dimensões variáveis e materiais também variáveis.
Em Canteiro
 De tijolos ou pré-moldados de concreto, 1 m de largura por 30 cm de altura. Deve-se revestir o fundo com brita para escoar o excesso de água da chuva. Um canteiro deve ser exclusivo para as matrizes.
 Em Tanques
Devem ser construídos com 1.00m de largura por 60.0 cm de profundidade por 10.00m de comprimento espaçado um do outro por pelo menos 2.00m para permitir a passagem de carrinho de mão para abastecimento ou coleta do húmus. Para grandes criadores estas medidas podem ser ampliadas. O material de construção dos tanques pode ser de alvenaria, cerca trançada, tela  de arame, pneus velhos.
Cobertura
 Um telhado baixo de sapé, papelão plastificado ou telhas seria o ideal.
Caixa-d’água - Fundamental, se não houver lago, açude ou qualquer outra fonte de água na propriedade. Isso porque cada 100 metros lineares de canteiro consomem, por semana, em torno de 5.000 litros.

4.1 Manejo

Pronto o serviço, devemos encher o canteiro com esterco bem curtido. Este esterco deve ser bem lavado com água, para eliminar a urina, multo ácida e prejudicial a elas. No dia seguinte, molhamos o esterco com um esguicho ou regador e colocamos as minhocas, na proporção de 1 litro para cada canteiro de 1m de largura p6r 4m de comprimento, quando da vermelha da Califórnia ou 2 litros quando das espécies nacionais.
Quando usamos esterco, o húmus fica pronto em 45 a 50 dias, mas, quando usamos materiais orgânicos (restos, folhas, lixos etc.), há necessidade de 90 dias para que o composto fique pronto. Segundo Morganti, o maior criador de minhocas, do Brasil, a vermelha da Califórnia transforma o esterco em húmus mais rapidamente, mas as nacionais têm maior capacidade para transformar as matérias orgânicas. A única desvantagem das nossas minhocas é que elas são menos prolíficas.
 A umidade nos canteiros é importante, devendo ser de 35 50% para as minhocas e de 40 a 45% para os minhocuçús. Na prática, podemos verificar o grau de umidade do composto ou esterco em que estão as minhocas.  Para isso, pegamos um punhado da massa na mão e apertamos: se não houver nenhum sinal de água ou de umidade, é porque a massa está seca demais; se houver sinal de umidade, saindo algumas gotas, é porque está boa e se escorrer água, entre nossos dedos, é porque há umidade em excesso. Para que os canteiros mantenham a umidade desejada e também uma temperatura mais constante, de 18 a 2000, de preferência, devemos fazer uma cobertura de sapé ou qualquer outra palha, sobre os canteiros.
Em tanques devem ser regados todos os dias até atingir uma umidade constante em torno de 30% (pressionar uma porção de esterco molhado cerrando o punho, se migrar água por entre os dedos é sinal de umidade em torno de 30%). A temperatura também deve estar estabilizada aproximadamente em 28C. Com o auxílio de um termômetro caseiro pode-se controlar a temperatura (com um graveto de diâmetro de um lápis, introduzir no canteiro e no orifício colocar o termômetro). Estabilizadas temperatura e umidade, inocular as minhocas. Não é necessário enterra-las. Elas fazem isso por si só. A inoculação deve ser feita pela manhã cedo ou ao entardecer.

 Cuidados com Predadores

As minhocas não são inimigas naturais de qualquer outro animal. No entanto, por serem constituídas praticamente, de águas e proteína são apetitosas para uma quantidade muito grande de inimigos naturais, dentre eles citamos: galinhas, porcos, ratos, cães, pássaros carnívoros, lagartixas, rãs, sapos e obviamente o homem. Todos esses inimigos naturais devem ser evitados porquanto se queira uma boa criação de minhocas. Uma cobertura com tela de arame ou uma camada espessa de palhas de coqueiro ou ramos de árvores protege o minhocário contra os invasores. 

4.1Matéria prima

Todo produto orgânico, seja de origem vegetal ou animal, bioestabilizado ou semicurado, como é conhecido, livre, portanto de fermentação, constitui-se uma matéria prima para a criação de minhocas. Na minhocultura devemos ter sempre em mente que tudo produto orgânico usado como substrato para se criar um ambiente favorável às minhocas, deve servir de alimento a elas próprias. O esterco animal, quando aplicado às técnicas da minhocultura, serve como alimento de minhocas para que se possa iniciar uma produção de adubo orgânico, o húmus de minhoca.
Segundo Afrânio Augusto Guimarães, zootecnista especializado no assunto, “é uma cultura que oferece aos criadores de gado uma forma de incrementar seus lucros, uma vez que o húmus não é o único produto da minhocultura”, explica. Também pode ser usados restos de culturas, jardins, hortifrutigranjeiros, resíduos agroindustriais, laticínios, alimentares, têxteis, lodo de esgoto doméstico; lodo de esgoto urbano, lixo domiciliar ou de condomínios fechados, lixo de usina urbana.
No que se refere à utilização de matéria-prima, é importante ter conhecimento de que para cada substrato ou esterco corresponde uma qualidade ou quantidade de húmus e que antes de sua utilização, assim como para com os restos vegetais, é fundamental proceder a sua preparação.
Não podendo esquecer que a minhocultura é uma atividade zootécnica como outra qualquer e que a minhoca a exemplo de outros animais, requer em sua alimentação vitaminas e sais minerais, indispensáveis à sua saúde e desenvolvimento. Quanto mais rica for à matéria orgânica fornecida às minhocas, maiores serão as possibilidades de sucesso econômico de sua criação.

4.2Matrizes    

Selecionam-se minhocas recém-chegadas à puberdade e, portanto, com maior tempo de prolificidade. Nestas condições, as matrizes já possuem o clitelo - anel diferenciado que indica a aptidão reprodutiva - mas não alcançaram o comprimento máximo. Numa mesma espécie, minhocas maiores são minhocas mais velhas e, por isso, sem a melhor eficiência reprodutiva.
 Para eventual transporte, as matrizes são selecionadas com o tubo digestivo preenchido, antes de serem purificadas, pesadas e embaladas no substrato semissintético para transporte. A redução no consumo devido às condições adversas da viagem inevitavelmente emagrece as minhocas. A recuperação, entretanto, é imediata após a inoculação num bom substrato.

4.3 Povoamento

Coloque 1 litro de minhoca (cerca de 1.500 minhocas) por cada metro quadrado. As minhocas devem se colocadas livremente na superfície das leiras, tanques ou canteiros (pela manhã preferencialmente) sendo depois cobertas (com palha, tela ou rede sombra) de modo a evitar a sua fuga.
Instaladas as matrizes, é necessário o manejo diário (cuidados), observando-se as condições ideais para uma reprodução eficiente, crescimento sadio e adequado, e a transformação em húmus aceleradamente.
Para que isso ocorra, verifique e mantenha as seguintes condições no canteiro, a "casa" das minhocas: PH = 7,0; Temperatura = entre 17 e 22 CC. Umidade = entre 80 a 85%; Aeração = intensa.
Condições ideais a serem observadas numa "casa" de minhocas.
Em qualquer criatório, mesmo pequeno, deve-se ter o cuidado de fazer, diariamente, anotações com o objetivo de evitar perdas de dados e números, pois somente assim poder-se-á tirar maior proveito das experiências adquiridas. Nos métodos convencionais, inicialmente, os criadores são capazes de produzir de 200 a 250 kg de húmus e 1 kg de minhocas por metro quadrado a cada 45 dias, enquanto os produtores internacionais citam como média a produção de 4 kg de minhocas/m2 e de 400 kg/ m2 de húmus/mês.

4.4 Colheitas das Minhocas

A colheita das minhocas é, portanto, um dos fatores mais importantes na sua produtividade e na produção do minhocário e deve ser feita nos períodos mais frescos do dia, de preferência até às 10 horas da manhã ou depois das 16 ou 17 horas.
As minhocas adultas coletadas devem ser retiradas do seu canteiro e colocadas em outro canteiro, cuja área deve ter, no mínimo, o dobro da superfície do canteiro inicial, pois o número de minhocas será de, pelo menos, o dobro do seu número inicial.
A cada 45 dias, poderemos duplicar as áreas dos canteiros, devido à grande prolificidade das minhocas. As áreas em volta dos canteiros devem ser mantidas sempre limpas, evitando o acúmulo de detritos e de vegetação, pois isso atrai os inimigos das minhocas, facilita a sua existência e aumenta as suas possibilidades de atacar o canteiro.
Existem alguns métodos para que façamos uma colheita racional das minhocas, com eficiência e de maneira prática. Entre eles, temos os seguintes:
Ø   Colheita para pequenas criações;
Ø   Colheita com a mão;
Ø   Sacos de migração;
Ø  Colheita direta no canteiro;
Ø  Método da mesa;
Ø  Peneiras manuais;
Ø  Colheita mecanizada e
Ø  Peneiras motorizadas.

4.5 Colheita do Húmus


O húmus de minhoca é um produto resultante da decomposição total da matéria orgânica, sendo o mais completo que existe. A matéria orgânica humificada, no caso o vermicomposto, tem um aspecto de pó de café, sem cheiro, e que fica depositado na superfície da massa. É  um fertilizante excepcional apresentando teores elevados de macro-nutrientes (Nitrogênio, fósforo, Potássio, etc.) e micro-nutrientes (Ferro, Zinco,  etc.). Além disso, apresenta uma rica e diversificada flora microbiana.
Um solo com húmus contém:
Ø  Cinco vezes mais nitrogênio
Ø  Duas vezes e meia mais magnésio
Ø  Sete vezes mais fósforo assimilável
Ø  Onze vezes mais potássio cambiável
Além de disponibilizar prontamente os nutrientes às plantas, protege-as contra doenças, não carrega formas propagadoras de ervas daninhas, melhora a aeração da terra, aumenta o poder de retenção de umidade nos vasos, jardins, pomar e horta, deixando os vegetais sempre muito vigorosos.
Dependendo da população inicial de minhocas e da condução do canteiro, dentro de 30 dias, este poderá ser descarregado e o seu húmus peneirado. Para fazer a retirada das minhocas existem alguns processos como peneiras manuais, peneiras mecânicas, retirada manual das minhocas do canteiro, colocação de iscas com esterco novo, etc. Cada minhocário irá procurar a maneira mais conveniente a sua instalação.

5.     Mercado e Mão de Obra

A mão de obra é relativamente muito pouca e irá depender do tamanho da instalação. Como exemplo, 30 metros de canteiro, normalmente ocupará 8 horas de trabalho por semana de uma pessoa. No mercado, a tonelada custa entre R$250 a R$300, mas, quando vendido a granel, esse valor por tonelada chega a dobrar, pois pode ser comercializado em sacos plásticos, em menor quantidade, aumentando ainda mais a rentabilidade e a venda do produto. No sistema tradicional de minhocultura, a separação entre húmus e minhocas leva a perda de muitos anelídeos, uma vez que essa separação é feita através de uma peneira que acaba matando uma boa parte desses animais e causando, assim, prejuízos ao criador. Um médio ou pequeno produtor provavelmente irá vender seu húmus em sacos de 50, 20 ou 2 quilos. O preço varia conforme a região do Brasil.

6. Conclusão

Com os baixos custos de produção a criação de minhocas tornou-se um negocio lucrativo.  A minhocultura é a única atividade agro-zootécnica que mensalmente dá ao produtor, colheitas de dois produtos: a minhoca (carne) propriamente dita e o seu húmus.
A minhoca (carne) é muito utilizada na pesca, como isca, na composição de farinhas proteicas e para diversos outros fins.
Já matéria orgânica humificada, no caso o vermicomposto, é de grande importância para a fertilidade de nossos solos e, consequentemente, para a produtividade agrícola, porque ela atua nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Chega-se a conclusão que a minhocultura, tanto para melhoria do solo quanto para isca, gera uma margem de lucro significativa, e com apenas um pouco de trabalho e um baixo custo de manutenção pode-se ter uma fazenda de minhocas com grande produção.

7. Bibliografia

Todos os sites de referência foram acessados entre junho e julho de 2011:
v  Criação de Minhocas- Guia Prático: Por Marcos Cesar Migdalski Editora Aprenda Fácil;
v  INFOBIBOB- Informações Tecnológicas: Por: Gustavo Schiedeck possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de Passo Fundo (1992), mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2002). Atualmente é pesquisador na Embrapa Clima Temperado e lotado na Estação Experimental Cascata.
 (http://www.infobibos.com/Artigos/2010_4/minhocultura/index.htm)
v  Anatomia e Fisiologia
(http://www.petshopnet.com.br/old/anatomia_fisiologia_minhoca.htm)
v  Agropecuária e Agroecologia
(http://tecnicoemagropecuaria.blogspot.com/2008/09/minhocultura_10.html)
v  Minhoca Enciclopédia:
(http://www.agrov.com/animais/peq_ani/minhoca.htm)
v  Portal da minhoca
(http://www.minhobox.com.br/loja/produtos/loja-modulo1.php)
v  Produção de Húmus e Implantação de minhocário
(http://www.humuseminhocas.com.br/)
v  Minhocultura: Por Ângelo Artur Martinez é engenheiro agrônomo formado na Escola Superior de Agronomia - "Luiz de Queiroz" ESALQ-USP em 1963, como funcionário da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI foi um dos responsáveis pelo projeto de implantação e consolidação da exploração comercial da cultura da Seringueira, Hevea brasiliensis Muel. Arg. no Estado de São Paulo.
( http://www.infobibos.com/artigos/2006_2/minhocultura/index.html)